Quando criança ia na casa do Doro, meu tio avô, um dos poucos que conheci. Sempre fui elétrico, gostava de pegar o seu violão e acordeom. Provavelmente é por causa de meu tio avô que nunca gostei de instrumentos musicais, sempre que me via encostando em seus mascotes fazia um terrorismo tremendo. Aquele velho de 1,90 m, estrábico e com óculos de fundo de garrafa gostava de uma carne gorda e suculenta.
Enfim, o tempo e o alto colesterol levaram ele. O violão e o acordeom ficaram solitários sobre o sofá de couro, algum tempo após sua morte a casa, onde os instrumentos repousavam, fora saqueada, levaram tudo. Hoje, alguma outra pessoa tem o prazer de tocar os instrumentos de forma tranquila, sem terrorismos.
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