terça-feira, 30 de setembro de 2008

Máquina do tempo


Desde pequenos já imaginamos uma máquina do tempo que nos levasse para ver as maravilhas do futuro ou para retocar alguma coisa no passado. Parece que o presente nunca foi um dos tempos preferidos dos humanos, pois sempre reclamam de tudo, nunca nada está de acordo com o esperado. As nossas expectativas são cruéis com nós mesmos, já que a cobrança se torna maior a cada dia.

O presente na sua essência já nos traduz seu significado, é um presente. Pergunto:
- Qual é o futuro de uma sociedade egoísta?

Egoísta sim! Apenas 1,8% da população doam sangue. Os hemocentros esperam enlouquecidamente por pessoas que acreditam na máquina do tempo, o sangue, este elo tão importante entre as pessoas que é capaz de dar uma noção de futuro e um retoque num possível passado de muitas famílias.

Vou fazer minha parte, os meus verdadeiros amigos vão ser doadores. Ah se vão!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Feridas

As marcas de um acontecimento ruim, ficam ali expostas em nossa carne. Coisas que acontecem. Todavia quando tratamos de uma ferida sentimental, ficamos dependentes de um sentimento que visa virar o jogo, nos munimos de raiva e ódio, nos focamos na eliminação de um problema, pois o devido troco precisa ser dado a todo custo. Até que chega um dia e reparamos, que a vida pode ser um pouco menos problemática. Temos a oportunidade e a possibilidade de facilitar as coisas. Claro que como toda “boa” ferida, custa a passar, mas passa e quando menos se espera já nos esquecemos da cicatriz.

Não trato este tipo de texto como “auto-ajuda”. Mas por falar em auto-ajuda, você já se perguntou se precisa de um? Eles realmente ajudam? Pensamento positivo, seria este o segredo?

Eu confio em mim, isso eu tenho certeza que funciona!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu estou ovando

Um dos sentidos mais apreciados por mim é a audição. OUVIR é algo divino.

ESCUTAR se resume a simplesmente se fazer presente, sem dar uma grande importância para o que se reverbera, como por exemplo escutar música, às vezes nem a percebemos, todavia está ali.

Faz pouco tempo que descobri que eu andava ESCUTANDO demais, neste sentido vi que isso não me fazia bem. É perceptível a valorização do saber ouvir e de dar a atenção necessária para um determinado amigo ou assunto. Parece que além de mim, um número significativo de pessoas está temporariamente “offline” ou ocupadas demais para ter a oportunidade de ouvir e dialogar.

Sabe aquela situação que você está em grupo e todos estão se apresentando por ordem alfabética, e quando chega perto do seu nome você fica apreensivo pensando no que você vai falar? Isso para mim é escutar, pois deixamos de conhecer a pessoa que nos antecede por falta de segurança e por não saber ouvir!

Ouvir é um processo muito árduo, porém todas as pessoas devem trabalhar mais este sentido, pois caso contrário podemos deixar de nos ouvir! Aliás, você se escuta ou se ouve?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Entre vírgulas

Uma das maiores interrogações que carrego na minha pequena sacola de experiências é sobre os ditos pensamentos negativos.
Sou uma pessoa que acredita em transferência de energias. Na maioria das vezes, imagino que as pessoas caminham despejando raios em seus olhares. Reconheço que às vezes também sou assim. Sou um fã, mas fã mesmo, daquelas que conseguem transferir positividade. Porém, existem alguns serzinhos que insistem em levar a adiante um fel que vai passando de pessoa para pessoa. Mas me pergunto, de onde vêm estas energias? Qual é a fonte? Por que nos estressamos cada vez mais? Por que somos tão inseguros? O que mais precisamos provar?

As coisas poderiam ser mais fáceis, a gente que complica! Já dizia a minha mãe. Mas tem aqueles dias que a vontade é de gritar e mandar todo mundo tomar toddynho com o capeta! Em outros dias sinto-me entre vírgulas, na qual tento sair do contexto para me libertar de algo, o que seria?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Prazer versus felicidade


Algumas vezes escuto frases e até campanhas publicitárias que trazem a felicidade como a conquista de algum produto ou serviço. Isso não é de hoje. Minha pequena irmã, com seus oito anos, ao ganhar uma simples barra de chocolate, diz:

- “Ai mano, muito obrigado. Agora estou até mais feliz!”

Claro que as palavras de uma criança não serviriam como exemplo. Porém é possível perceber que muitas pessoas trazem de berço esta confusão, equiparando o prazer e a felicidade, como se fossem sentimentos idênticos.

Nossos dicionários dizem algo assim:

Prazer: satisfação; delícia; aprazimento; agrado; entretenimento; divertimento;
Felicidade: bem-estar; contentamento;

Não consigo ver equivalências nos significados das duas palavras, pois a felicidade a meu ver, permeia a alma do ser humano, retrata o contentamento de beneficiar não apenas a si, e também as pessoas que o cercam. O prazer é algo passageiro e que se mal utilizado pode afastar o encontro da alma com o corpo, ou seja, do encontro da felicidade!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Papai Noel não existe?!


No fundo da alma de uma criança, mora um estranho sentimento que se alimenta pelas conseqüências de falsas ilusões. As mentiras nutrem um amargo e inocente cérebro, que em seus primeiros cinco anos de vida, nestes dias atuais, começa a descobrir que o céu é “aberto”, que o ar tem sujeira, que a cegonha é um animal feio e grande.

Na faixa dos dez anos, as crianças que jogavam bolitas, hoje viram pré-adolescentes, são seres plugados a uma realidade virtual, e que a cada dia se abastecem de mais conhecimento fútil e alguma coisa com certa utilidade.

Aos treze os primeiros beijos são dados, as primeiras relações são estabelecidas e o que mais preocupa a sociedade: os primeiros vícios começam a aparecer. Lá pelos dezesseis, pais e filhos começam a disputar espaços e opiniões, pela parte do herdeiro as críticas são voltadas a sociedade capitalista, já pelo lado genitor há uma visão mais conformista, um se torna quadrado e outro um jovem sem causa. Jovem sem causa? Como assim? Perguntaria um ser com princípios baseados nas buscas do Google.

Aos dezoito anos, o homem da geração “enter” começa a ver que ninguém da bola para as notas que ele tirou no colégio, que seu nome e competência é o que ele precisa para fazer qualquer coisa Quando este mesmo homem deparado com um trabalho de verdade, que exija adequação e produção, começa a ver que realmente a vida não é que nem a novelinha Malhação.
Quadro: Philipp Otto Runge, Os Filhos de Hülsenbeck, 1806