quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Como eu vejo o Brasil hoje



Infelizmente já não é mais possível se expressar publicamente sobre determinados assuntos em uma rede social, principalmente quando o assunto aborda política, religião e futebol. Funciona mais ou menos como na vida social, ou seja, não te mete a dar pitacos sobre assuntos polêmicos que você não tenha um bom conhecimento, é mais sábio. Afinal, o silêncio nunca erra.

Mas há coisas entaladas na garganta, as quais apenas este blog falido poderia receber e hospedar tais ideias sem receber críticas e até leituras. Enfim, a ideia toda que concebo ao olhar para o que acontece no Brasil é que não há para onde correr, parece que há um abalo sistêmico em toda a cadeia política brasileira, e o pior parece que não vai ter fim. Ontem foi o dia do impeachment da ex-presidente Dilma, porém o senado de forma descarada manobrou a constituição a ponto de manter os direitos políticos. Como assim? 

Nunca fui contra ou a favor do impeachment, pois não tenho condições de opinar sobre isso, mas se a atitude tomada previa a cassação dos direitos políticos, este o tinha que ser feito, pois a constituição versa que assim o seja feito. Como assim? Aí fica claro para quem acompanha este esterco que tudo está atrelado a abrir precedentes futuros, seja para beneficiar o Cunha, o Calheiros e quem mais queira sambar em cima da nossa cara.

Se esta não é a pior crise da história do Brasil eu não sei, mas o fato é que vivemos uma crise econômica, política, de segurança, na saúde pública. educacional e no que mais for possível imaginar. Estou vivendo em uma sociedade aonde não há escrúpulos, seja para tirar uma vida, seja para abraçar a constituição come se uma puta fosse. Estou tentando manter a positividade, a visão de que um mundo melhor ainda é possível, mas está cada vez mais difícil acreditar.

Nos últimos meses, surgiu-me a ideia de aperfeiçoar meu inglês, mais do que qualquer coisa. É uma vontade que nunca havia sido tão forte, começo este semestre com três aulas na semana, no próximo serão cinco. Esta vontade nunca foi tão latente, nunca foi uma opção de sobrevivência como agora. Muitos amigos estão abandonado o barco, deixando o país para viver em uma outra sociedade. Quando eu penso em sair do Brasil me sinto como um traidor, seja da nação, seja da minha família. Uma espécie de perdedor na verdade.

No entanto, hoje sinto um receio claro de me arrepender de não fazer algo para ter uma vida mais segura e coesa, em um país que você não sinta insegurança em delegar a sua vida a uma nação que parece lhe incentivar a dar um jeitinho em tudo, que favorece cada vez mais o mal e estrupa rotineiramente a inteligência de uma sociedade que sonha com uma vida melhor.

Vivo um dos piores capítulos da história deste país, espero que nenhum familiar ou amigo vire vítima de uma nação comandada por homens e mulheres que colocam o poder na frente do bem estar geral.

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