segunda-feira, 30 de maio de 2011

Couch potatoes

O nosso comodismo funciona como uma salgada batata frita, sabemos que faz mal, mas não hesitamos em prová-la diariamente. Enquanto nossas veias entopem, nos refrescamos com o nobre gosto da segurança corriqueira. Não sou pessimista, muito pelo contrário, mas percebo que engessamos muitas das nossas ideias, não movimentamos nossas realizações em virtude de outras coisas, que as vezes podem até ser insignificantes e não condizem com os nossos desejos.

O nascimento, cena sangrenta, já evidencia que preferimos, desde cedo, ser mantidos dentro do ventre aquecido, do que ter que ir para as mãos gélidas daquele cara de branco, que não se contenta em não nos ver chorando e nos invoca as primeiras lágrimas com um belo tapa no “busanfão”.

A vida, palavra já desgastada em textos como este, aproveita o ensejo, diariamente, para abrir portas, muitas vezes fechamos todas, menos a do restaurante ou da cozinha de casa, onde podemos nos deliciar com a nossa saborosa fritura. Todo o dia.

Boa segunda-feira a todos os couch potatoes.

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