segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Soldados sem armas


A juventude de hoje é complicada, me parece que não existe mais toda aquela força, aqueles protestos por mudanças e pelas injustiças cometidas por nossos governantes. Parece que se não nos comportarmos “direitinho” a classe A da sociedade estará nos vendo com maus olhos.


Sinto em informar que estes que nos privam de agir, a partir de suas arrogâncias e preconceitos, são os principais responsáveis pelas situações adversas.

A pouco tempo internautas faziam protestos contra o bloqueio do Youtube, mas no que se diz a respeito de ideais-jovens estamos cada vez mais trancafiados e navegando dentro de máquinas, enquanto isso engravatados estrupam os recursos públicos. Não existem ações nem parecidas com a do Youtube contra corrupção ou algo do gênero.

Discussão sobre política? Putz, nem pensar. Ninguém quer saber de política, pra quê?! Parece-me que a ditadura foi algo anestésico a população, ninguém quer mover uma agulha para protestar ou reclamar de verdade, salve alguns grupos que se mexem pra tentar pressionar alguma coisa. A única liberdade que realmente a juventude está usufruindo, ao meu ver, é de quebrar telefones públicos, ver pornografia e beber enlouquecidamente.

Se me perguntarem, não sei dizer qual seria o melhor caminho a se seguir, até porquê nossa cultura não permite sugestões de pessoas críticas, a ideologia preferida do brasileiro é e continuará sendo “Deixa como esta, pior não tem como ficar!”. Uma coisa é certa, só discutir com o seu professor de Sociologia não vai adiantar muita coisa!

5 comentários:

Caroline Ribeiro disse...

Não vou negar: eu me incluo nessa juventude fraca!

Sei que depende de cada um... Porém tão maior é a indignação com a política e com tantas outras inúmeras injustiças... tão pequena a esperança de mudança.

Passa lá, e me diz o que achou ;)
http://caroolribeiroo.blogspot.com/

Beijos.

Caroline Ribeiro disse...

Ah, não li todos os textos. Mas comentei nos que li. Vou acompanhar seu blog e voltarei para ler todos os post's.

Beijão.

Lidiani Lehnen disse...

Incrivel é saber que vivemos num lugar onde as pessoas estão acomodadas... "esse pior do que está não pode ficar" chega a me doer nos ouvidos e no coração.
Poxa, vemos que está ruim, ainda assim, não nos esforçamos para melhorar.

somos revolucionários preguiçosos, essa é uma certeza.

Beijo

Bruna disse...

hoho...
beber enlouquecidamente??


mas falando sério...

estamos é acomodados com certos assuntos e achamos que sempre alguém vai fazer isso pela gente!!

João Japa disse...

Isso aí é idealismo, kra. Mesmo as grandes revoluções populares só ocorreram porque havia interesses em comum com gente poderosa ou influente. A questão é que as pessoas andam afastadas e não há interesse comum na maioria dos assuntos, visto que seus pensamentos estão voltados pra coisas de caráter mais individuais. Quem ainda faz alguma coisa faz do jeito errado ou pelos motivos errados. Quem tem poder de fazer alguma coisa não dá a mínima ou está preocupado com indagações do tipo: "pra quê? o que eu vou ganhar? vai valer a pena?"
E, além disso, em geral é difícil chegar a ter algum poder sozinho, por conta própria. Você lava as costas de alguém, que por sua vez lava a tua. Ou seja, você acaba entrando no esquema, mesmo que inicialmente sua intenções fossem boas. E quando chega lá, antes que se possa fazer alguma coisa de significativo, acabam te derrubando. Ninguém realmente ingênuo chega a ter poder, senão passam a perna antes. Por outro lado, quem fica muito 'esperto' acha que o resto das pessoas são bobas.
Bom, essa foi a visão pessimista.
O lado 'positivo' é que os problemas do Brasil são culturais e estruturais. São coisas que têm que ser mudadas do micro para macro. E são coisas que mudam muito lentamente. Não adianta simplesmente fazer revolução, derrubar todos os governantes, mudar todas as leis se a mentalidade do povo continua a mesma. Portanto, nunca se sabe se os investimentos que estão sendo feitos agora gerarão algum resultado no futuro, apesar da visão empobrecida que temos desses investimentos. Até porque bem sabemos que é difícil ajudar e mudar certas pessoas, pois se oferecem a mão, elas derrubam e sobem em cima (O que torna difícil de manter os bons ideais de que todos merecem ser ajudados). Enfim, nossa visão é muito micro para ver com clareza o macro. Quem sabe daqui a vários anos o Brasil não chega a ser um país melhor e então teremos uma visão histórica mais detalhada de todo processo que levaria a isso. O importante é isso aí, quem não faz o que pode, que pelo menos faça sua parte.