quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Papai Noel não existe?!


No fundo da alma de uma criança, mora um estranho sentimento que se alimenta pelas conseqüências de falsas ilusões. As mentiras nutrem um amargo e inocente cérebro, que em seus primeiros cinco anos de vida, nestes dias atuais, começa a descobrir que o céu é “aberto”, que o ar tem sujeira, que a cegonha é um animal feio e grande.

Na faixa dos dez anos, as crianças que jogavam bolitas, hoje viram pré-adolescentes, são seres plugados a uma realidade virtual, e que a cada dia se abastecem de mais conhecimento fútil e alguma coisa com certa utilidade.

Aos treze os primeiros beijos são dados, as primeiras relações são estabelecidas e o que mais preocupa a sociedade: os primeiros vícios começam a aparecer. Lá pelos dezesseis, pais e filhos começam a disputar espaços e opiniões, pela parte do herdeiro as críticas são voltadas a sociedade capitalista, já pelo lado genitor há uma visão mais conformista, um se torna quadrado e outro um jovem sem causa. Jovem sem causa? Como assim? Perguntaria um ser com princípios baseados nas buscas do Google.

Aos dezoito anos, o homem da geração “enter” começa a ver que ninguém da bola para as notas que ele tirou no colégio, que seu nome e competência é o que ele precisa para fazer qualquer coisa Quando este mesmo homem deparado com um trabalho de verdade, que exija adequação e produção, começa a ver que realmente a vida não é que nem a novelinha Malhação.
Quadro: Philipp Otto Runge, Os Filhos de Hülsenbeck, 1806

3 comentários:

Lidiani Lehnen disse...

Colega,
conforme prometido aqui estou.
E tenho que dizer que essa tua percepção quando "mundo jovem de hoje" eu também tenho.

Voltarei aqui mais vezes ;D

Unknown disse...

me sinto uma dessas

Unknown disse...

Tay... acho que esse choque faz bem para quem nota cedo! Primeiro nos enquadramos, depois viramos na forma em que quisermos.