segunda-feira, 25 de abril de 2011

Entre o real e o ideal

Assunto não falta num “tetiate” entre psicóloga e seu paciente. Não vou revelar coisas que me pertencem, mas, hoje, eu viajei naquela cadeira. Estou começando a desconfiar que tenho uma psicanalista e não uma psicóloga. Sim, existe uma diferença entre as duas áreas, a psicóloga seria, como posso dizer, mais “amiga”, já o psicanalista te olha e permanece te olhando, fazendo apenas algumas inferências muito pontuais. Sim, eu tenho uma psicanalista. Mas, por aqui chamam de setor de psicologia. Não entendo!

De uma maneira bem grotesca, pode-se dizer que comparando ao reino animal o psicólogo é o cachorro, amigão, e o psicanalista é um gato, que senta no sofá mais bonito, acomoda-se, te olha e lhe aplica leis Freudianas.

Buenas, tirando minhas dúvidas para o lado, e focando-se no título deste post, percebi que sempre caímos num mesmo erro. Os anos se passam, e como passam, e sempre estamos dispostos a nos ludibriar com o nosso futuro ideal, a busca do perfeito momento que fará valer toda a nossa nobre existência. O fato é que passamos por centenas de momentos como este, mas não os visualizamos. O que nos faz bem, nem sempre é o que tanto desejamos.

O nome da cripta em qual meu pensamento foi obrigado a ser desenterrado, hoje, chama-se confronto, uma briga desonesta entre a realidade e o idealizado. Um bom exercício, uma boa oportunidade de entender o real como uma oportunidade de transformá-lo em ideal.

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