Enquanto o povo brasileiro preocupa-se com questões futebolísticas, somos goleados pela corrupção, não enxergamos e muito menos exigimos mudanças na escalação do time dos verdadeiros representantes brasileiros. A política é tratada como a série D do campeonato brasileiro, ninguém faz a mínima questão de saber quanto que ficou o placar da votação no plenário e muito menos o que se passa na concentração dos partidos políticos.
Usamos o futebol como metáfora para tudo, pois é uma das poucas coisas que nos interessam. Eu sei que é radical, mas eu preferiria que o Brasil não fosse o país do futebol, que não tivesse êxito nem na disputa que ocorrerá em nosso solo, que aliás, se dará meses antes das campanhas eleitorais para deputado federal, estadual, governador, senador e presidente. Uma coincidência muito bem planejada, não é?!
Ninguém vai lembrar que os deputados federais, há algum tempo atrás, aumentaram seus salários da forma como quiseram, não há crítica, não há conhecimento sobre o assunto, mesmo com todas as ferramentas tecnológicas que já utilizamos. Mas, todos recordam do Maracanaço, do “vilão” brasileiro, o pobre goleiro Barbosa, que na final levou os dois gols que tiraram a que seria a primeira taça de Campeão do Mundo para o Brasil. Outra coisa que ninguém esquece: o roubo da taça Jules Rimet, uma grande tragédia. Uma tristeza só.
É incrível como nós, incluindo eu e todos os demais brasileiros, temos memória seletiva, mas esta não é a preocupação, pois é normal, o problema é a seleção dos assuntos, selecionamos, muitas vezes coisas fúteis, a mídia brasileira é assim. Por isso, esta seleção deve ser mais criteriosa, a qual precisa escalar interesse público na defesa, no meio e nas laterais conhecimento e informação, como volante uma imprensa despolitizada e prioridades no ataque. Esta deve ser a seleção de 2014.
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